terça-feira, 24 de abril de 2012

A História do teclado



:: História do teclado ::

Diversos dispositivos que imprimiam dados alfanuméricos eram usados no começo do século vinte. Fitas de papeis perfurados foram testados usando o telégrafo antes de 1881. O código Morse sonoro foi usado até meados de 1917 quando os circuitos principais, especialmente aqueles que usavam cabos como a API e a UPI foram convertidos para usar impressoras mecânicas. Sistemas de cartões perfurados, que eram usados a muitos anos para controlar máquinas de confeccionar, além disso começaram a criar empregos para as pessoas que guardavam os dados com as máquinas de tabulação.
Telegráfo No século vinte a máquina de teletipo se uniu com a máquina de escrever, onde resultou em um nova forma de comunicação telegrafica, em 1930. Inicialmente essas máquinas imprimiam em uma fita de papel estreita, mas no final dos anos 30 papeis maiores poderiam ser usados. A tecnologia de cartões perfurados criada em 1881 ajudou a criar a guardar mensagens e depois poderiam ler de novo com um leitor mecânico.

Sistemas de cartões perfurados similares foram ligados a máquinas de escrever como teclados, isso facilitava a entrada de dados numéricos. Desta maneira o sistema de cartão perfurado, junto com as perfuradoras, eram a base das máquinas de calcular que a IBM estava vendendo a mais de um milhão de unidades em 1931. Deste modo o que predominou na segunda guerra foram essas tecnologias.
A segunda grande guerra ajudou na criação de computadores para quebrar códigos de mensagens crptografadas de guerra fazendo cálculos realmente rápidos para sua época. Mesmo antes da guerra algumas companhias como a Bell Laboratories começavam a trabalhar com computadores. Em setembro de 1940 G.R. Stibitiz demonstrou o MODEL 1 que utilizava uma entrada de teclado do teletipo. Essa demonstração foi única porque foi feita através de linhas telefônicas, algo que não seria repetido por mais de uma década.
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O famoso
ENIAC
Entretanto o próximo marco milionário foi o desenvolvimento do computador ENIAC em 1946. Esse computador utilizava um leitor de cartão perfurado que era lido pelo ENIAC. Essa máquina foi seguida pelo BINAC em 1948 que utilizava um teclado de máquina de escrever que escrevia dados diretamente nas fitas magnéticas. A fita era lida pelo ENIAC e os cálculos eram feitos e depois os dados saiam em uma máquina de escrever eletromecânica. Esses modos de operação eram conhecidos como modo de grupo, onde as coisas eram feitas uma de cada vez.
Os anos 50 viram o começo da comercialização do computador. Computadores como o UNIVAC tinham um teclado que era usado para controlar o console, mas antes eles eram apenas para calcular números de maneira mais fácil.
A entrada de dados era completa via modo de grupo, predominantemente com o uso dos cartões perfurados. A saída de dados era feita via linhas de impressão como uso da máquina de escrever para maior rapidez. O desenvolvimento comercial das máquinas de escrever eletromecânicas semelhante a IBM Selectric, contribuiu para a comercialização desses main frames que eram bem mais “fáceis” de se mexer do que os computadores antigos como o ENIAC. Esse foi um fator que fez a diferença para a comercialização dos main frames.


:: Surgimento do VDT ::

Mais tarde o modo de grupo foi comercializado pelas as universidades como a MIT que começou a experimentar sistema multi usuários, conhecido como a era de compartilhar sistemas, onde cada usuário poderia compartilhar simultaneamente recursos de seus terminais de teletipo. O experimentos antecederam esses começaram no final dos anos 50. Em 1964, a MIT, Bell Laboratories e a General Eletric desenvolveram um tipo de sistema compartilhado chamado de MULTICS. O desenvolvimento dos sistemas compartilhados criaram uma nova necessidade de se fazer uma interface melhor do que a atrapalhada interface do velho teletipo. Com isso a desenvolvimento de vídeo terminais ( VDT de vídeo display terminals)aumentaram cada vez mais no final dos anos 60. O VDT juntou a capacidade das máquinas de escrever com de se escrever na tela de uma tv, esses foram os primeiros teclados sem ter que usar a imprissão em algum papel, eles apareciam direto na tela, e assim fazendo o trabalho muito mais rápido.
Mais tarde em 1967 Control Data e Sanders estavam produzindo VDT’s. Harris estava vendendo eles em 1969,e a Hewlett Packard (HP) em 1972. Com o desenvolvimento do VDT usado em cooperação com o compartilhamento entre computadores respresentou uma grande mudança para a utilização do teclado como um dispositivo de entrada. Antes do advento do VDT, os teclados usados para acessar teletipos. Essas máquinas tinham a inerente limitação de velocidade por causa do mecanismo eletromecânico. O VDT não tinha nenhuma limitação quanto a isso. Os interruptores ligados nas teclas mandavam impulsos elétricos diretamente para os computadores, onde não havia envolvimento mecânico que era sinônimo de lentidão. A única limitação do VDT era a velocidade com que ela era escrita na tela, que no começo era relativamente lenta para a capacidade humana de digitar. Mas isso tudo mudará com a revolução do computador pessoal.

Quase que simultaneamente com a comercialização do sistema de multi usuário no fim dos anos 60 foi introduzido os minicomputadores pela companhias como a Data General, Prime Computer, Hewlett Packard e outras. Esses computadores eram pequenos e geralmente utilizavam o console de máquina de escrever. Eles se tornaram mais populares durante os anos 70, onde a interface de máquina de escrever foi abandonada a favor da tecnologia VDT para essas pequenas máquinas.

Os anos 70 viram a rápida expansão do main frame e do sistema de compartilhamento nas universidades e companhias privadas. Esses sistemas eram utilizados via modo de grupo para main frames, ou por VDT para sistemas de compartilhamento. No final dos 70 e começo dos 80 de qualquer modo o uso de cartões perfurados parou quando a IBM, com o sucesso no comercio dos main frames, trocou todas as antigas máquinas por main frames. Foi ai que o VDT alcançou o paradigma do domínio da interface dos computadores.

No final dos anos 70 o uso dos computadores expandiu significantemente porém ainda continuava sendo as universidades e grandes empresas que gastavam com essas máquinas pesadas. A expansão dos mini computadores contudo foi graças a um certo hobby que alguns universitários tinham de fazer computadores por eles mesmo. Assim muitos computadores vieram dessa época onde era “fácil” montar computadores caseiros Clique para Maximizar

:: QWERTY ::

A rápida expansão dos computadores não ajudou na prevenção das doenças que os teclados causariam nas pessoas por movimento repetitivo. Quando em 1984 a IBM lançou o PC/AT ele bem popular e qualquer pessoa conseguia digitar nele, o grande problema foi esse, quase que uma epidemia de pessoas com problemas nos braços por movimentos repetitivos
QWERTY Uma emissão que ainda não havia sido mencionada era o layout do teclado. A industria de layout de teclados padrões possuía um monopólio virtual nos computadores. O QWERTY(olhe no seu teclado e veja essas teclas), é diferente de quando foi criado o teclado em 1880, o de antigamente era para se usar apenas com dois dedos e esse novo design é feito para se usar os dez dedos. E com isso os problemas de movimentos repetitivos pioraram drasticamente.
Outros layouts de teclado existiram. O mais notável foi um que se chamava Dvorak, esse nome veio de seu inventor o August Dvorak que era pesquisador ergonomista na universidade de Washigton. Em 1936 ele analizou a língua inglesa e viu quais eram as letras mais usadas mais freqüentemente.
Layout de Dvorak
Então ele reorganizou as teclas no teclado na caixa alta deixando as mais usadas em cima, e em baixo ele colocava as letras mais usadas depois das de cima e por ai vai. Infelizmente esse layout não pegou, tudo porque ele era menos eficiente que o outro. O layout QWERTY se tornou de fato o padrão, e ele é o mesmo que se usava a um século atrás, isto porque os fabricantes não queriam que os que já sabiam digitar nas máquinas de escrever tivessem que reaprender a digitar.

Com essa ascensão do teclado no uso com o VDT surgiram outros dispositivos que ajudariam muito os usuários de computador. Os dispositivos de ponteiros(dispositivos que selecionasse alguma localização no VDT), o famoso mouse, inventado em 1968 por Douglas Engelbart. O mouse não foi o primeiro dispositivo de ponteiro inventado. Canetas óticas, que usavam um censor de luz para mandar sinais para o computador e mover o ponteiro.

Clique para maximizar Com a introdução do Macintosh no meio dos anos 80 pela Apple, começou a fazer computadores já terem o mouse como padrão quando adquiridos. O Macintosh foi o primeiro computador feito em grande escala com recursos gráficos usando o mouse..Antes do Macintosh os PC IBM usavam linhas de instrução para executar comandos, com o surgimento do Macintosh o usuário não precisaria mais decorar linhas de comando para executar os programas, e isto prova que não foi o Windows o primeiro sistema operacional que usava ponteiros.

E o tempo passou, e ainda temos QWERTY como o padrão de teclados no mundo. Mas no futuro os computadores não terão mais teclado, será por reconhecimento de voz, e tudo que se fala será “digitado” na tela. Enquanto esse tempo não chega teremos os problemas de movimentos repetitivos por uso dos teclados QWERTY.


http://www.museudocomputador.com.br/enciteclado.php

segunda-feira, 23 de abril de 2012









Historia do primeiro computador
Charles Babbage, considerado o pai do computador atual, construiu em 1830 o primeiro computador do mundo, cem anos antes de se tornar realidade. O projeto de Babbage apresentava desvantagens; uma delas era o fato de que o seu computador deveria ser mecânico, e a outra era a precariedade da engenharia da época. Apesar dos problemas, Charles Babbage construiu um aparelho que impressionou o governo inglês. 

Entretanto, a história da computação começou muito antes. Como sabemos, o computador é uma máquina capaz de efetuar cálculos com um grupo de números e ainda adaptável para efetuar novos cálculos com um outro grupo de números. O primeiro "modelo" foi o ábaco, usado desde 2000 a.C. Ele é um tipo de computador em que se pode ver claramente a soma nos fios. 

Blaise Pascal, matemático, físico e filósofo francês, inventou a primeira calculadora mecânica em 1642. A calculadora trabalhava perfeitamente, ela transferia os números da coluna de unidades para a coluna de dezenas por um dispositivo semelhante a um velocímetro do automóvel. Pascal chamou sua invenção de Pascalina. 

Máquina de calcular de Pascal. 

Nos anos que se seguiram, vários projetos foram feitos com intuito de aperfeiçoar essa primeira calculadora. Entretanto, nada de significativo aconteceu, até que Babbage e Ada Lovelace começaram a considerar melhor o problema. Em 1822, Babbage apresentou a Sociedade Real de Astronomia o primeiro modelo de uma máquina de "diferença", capaz de fazer cálculos necessários para elaborar uma tabela de logaritmos. O nome da máquina foi derivado de uma técnica de matemática abstrata, o método das diferenças. Com o incentivo da sociedade, Charles Babbage continuou a trabalhar no aperfeiçoamento da máquina. 

Máquina de diferença; Babbage. 

Com Ada Lovelace, filha de Lord Byron, iniciou um projeto mais ambicioso para construir uma "máquina analítica". Foi projetada para calcular valores de funções matemáticas bem mais complexas que as funções logarítmicas. A máquina era enorme, demostrava inúmeros problemas e simplesmente não funcionava. Grande parte da arquitetura lógica e da estrutura dos computadores atuais provém dos projetos de Charles Babbage, que é lembrado como um dos fundadores da computação moderna. 

Máquina analítica de Ada Lovelace. 

Só por volta de 1936, as idéias de Babbage foram comprovadas, quando um jovem matemático de Cambridge, Alan Turing, publicou um artigo, pouco conhecido, On computable numbers. O nome de Turing é quase desconhecido para o público, mas sua contribuição foi fundamental para o desenvolvimento de idéias que ocorreriam antes do computador propriamente dito tornar-se realidade. Os cientistas admitiam que a matemática não era uma arte misteriosa, e sim uma ciência inteiramente relacionada com regras lógicas. Se uma máquina recebesse essas regras e o problema a ser solucionado, ela seria capaz de resolve-lo. No entanto, os esforços dos mais competentes matemáticos foram inúteis para desenvolver tal máquina. Turing decidiu examinar o impasse de outra maneira. Verificou os tipos de problemas que uma máquina poderia resolver seguindo regras lógicas, e tentou fazer uma lista de todos eles. Turing liderou uma equipe de pesquisa na Inglaterra e desenvolveu a mais secreta invenção da Segunda Guerra Mundial, o Colossus, o primeiro computador eletromecânico do mundo, que pode decifrar os códigos alemães de mensagens "Enigma", durante a guerra, melhor apresentado abaixo. 

Depois da guerra, Turing colaborou no projeto do primeiro computador dos Estados Unidos, o Eniac (Eletrical Numerical Integrator and Calculator), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia desde 1943. Ainda imperfeito, era composto de 18000 válvulas, 15000 relés e emitia o equivalente a 200 quilowatts de calor. Essa enorme máquina foi alojada em uma sala de 9m por 30m. O desenvolvimento do computador continuou, mas só com a invenção do transistor de silício, em 1947, tornou-se possível aumentar a velocidade das operações na computação. 
Modelo do Eniac. 
Em meados dos anos 60, os cientistas observaram que um circuito eletrônico funcionaria de modo igualmente satisfatório se tivesse o tamanho menor. Os laboratórios começaram experimentando a colocação de um projeto de circuito no chip. Antes do fim dos anos 60, nasceu o "circuito integrado", com isso a computação deu um grande passo à frente. O desenvolvimento de um circuito em um único chip levou à construção de múltiplos circuitos em um só chip; e o resultado inevitável da colocação de vários chips juntos foi o começo do microprocessador.

Os Computadores
















O Primeiro computador a chegar ao Brasil .


:: A Era do CPD::
Até o final da década de 50, computadores eram pouco mais que raridades curiosas e quase inacessíveis no Brasil. Seus usuários contavam-se nos dedos. O primeiríssimo foi adquirido pelo governo do Estado de São Paulo, em 1957: um Univac-120 para calcular o consumo de água da capital. Equipado com 4.500 válvulas, fazia 12 mil somas ou subtrações por minuto e 2.400 multiplicações ou divisões, no mesmo tempo. No setor privado, o primeiro computador, um Ramac 305 da IBM, foi comprado em 1959 pela Anderson Clayton. Dois metros de largura, um metro e oitenta de altura, com mil válvulas em cada porta de entrada e saída da informação, ocupava um andar inteiro da empresa. A unidade de disco, com 150 mil bytes de capacidade e um único braço de acesso, tinha dois metros de altura, exibindo-se em uma redoma de vidro, Levava cinco minutos para procurar uma informação. A impressora operava à espantosa velocidade de 12,5 caracteres por segundo.

Na década de 60, os computadores já não eram tão raros e começaram a ser cada vez mais necessários na vida das grandes empresas, órgãos do governo federal e universidades. Ao mesmo tempo, tornavam-se símbolo de status, sendo exibidos com orgulho nas salas envidraçadas dos Centros de Processamento de Dados ( CPDs). Promoviam-se excursões para mostrar as poderosas e misteriosas máquinas, que impressionavam os visitantes com suas dezenas de luzinhas piscando e impressoras despejando, em "disparada", montanhas de papéis contendo informações. Era um acontecimento!

O CPD era um mundo à parte nas empresas. Praticamente inatingível, a ele tinham acesso somente os profissionais diretamente envolvidos com os computadores - operadores - programadores, analistas de sistemas, técnicos de manutenção - e as equipes de perfuração de cartões. Todos os envoltos numa aura de "mistério" e despertando a curiosidade e a admiração dos demais funcionários das empresas. O único elo de ligação entre os dois mundos distintos eram as pilhas de formulários contínuos contendo os dados já processados, que eram devolvidas aos usuários das áreas que requisitavam os serviços.

:: Grande Porte para Grandes Usuários::
Em 18 de Agosto de 1959, o repórter Abram Jagle contava, na Folha da Tarde, sua grande surpresa ao ser apresentado a um computador. A máquina tinha sido adquirida recentemente pela Anderson Clayton. " O operador apertou, no teclado, cinco números e a máquina de escrever ( um dos conjuntos do computador) escreveu: 'apresento as minhas boas vindas à reportagem das Folhas, Ramac-IBM 305, Anderson Clayton'. ... O cérebro eletrônico vai permitir um trabalho muito mais rápido e perfeito de controle, por exemplo, de quantidades e qualidades de algodão produzido na área abrangida pelas atividades da Anderson Clayton. O prazo da safra de algodão é muito curto.
As informações são recebidas por telefone e anotadas em fichas cujo processamento não pode ser humanamente tão rápido como já se faz mister, considerando o elevadíssimo número de clientes da empresa. O computador, além dos referidos registros e cálculos, fará outras tarefas, como faturar, registrar duplicatas, controlar cobranças, atualizar estoques e créditos..

O computador da Anderson Claytonera um dos muitos cuja importação vinha sendo estimulada pelo governo desenvolvimentista de Juscelino Kubistcheck. Eleito em 1955 por maioria esmagadora, depois de comandar a prefeitura de Belo ;horizonte e o governo de Minas Gerais, o ex-médico de personalidade carismática levou ao palácio do Catete, no Rio de Janeiro, uma filosofia de governo baseada no desenvolvimento econômico planejado e destinada a tirar o país do atraso. "Crescer 50 anos em cinco" era o seu lema e , para pô-lo em prática, traçou uma estratégia(Planos e Metas) para dotar o país de uma base industrial e de uma infra-estrutura de serviços básicos, com grandes investimentos em energia elétrica, produção de petróleo, ferrovias, rodovias, portos, siderurgia, contrução naval, indústria mecânica e de material elétrico pesado e educação. Para promover a integração do país, estava prevista a transferência da capital para o Planalto :Central, com a criação de Brasília, e a abertura de uma nova rodovia ligando as regiões norte e central, a Belém-Brasília.


JK(à direita, sentado) examina as plantas da nova Capital Federal e a maquete do Palácio da Alvorada, ladeado por Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro e Lúcio Costa.


Os computadores não ficariam de fora dessa revolução de modernidade. Em setembro de 1958, o governo criava um grupo de trabalho para estudar a viabilidade de se usar um computador para cálculo e distribuição dos recursos financeiros destinados à execução do Plano de Metas. Desse grupo nasceu, um ano depois, o grupo Executivo para Aplicações de Computadores Eletrônicos(Gease), que tinha entre outros objetivos instalar um CPD para atender as necessidades de diversos órgãos do governo. A fila era grande: o Conselho de Desenvolvimento Econômico, o IBGE, repartições de ministérios civis e militares, a Petrobrás, o Banco do Brasil...

O Gease também estimulou a aquisição de computadores pela iniciativa privada. Para isso, instituiu vários benefícios como isenções para os impostos de importação e sobre produtos industrializados. Atraídas por esses incentivos, três instituições trataram de adquirir suas máquinas. A Pontiifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(um B205 da Burroughs), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE(um Univac 1105) e a empresa Listas Telefônicas Brasileiras(um Gamma, da Bull Machines).

O computador do IBGE era uma maravilha para a época.
Tinha duas memórias de núcleo de ferrite de mil bytes cada uma, uma memória de tambor de 256 mil bytes, dez unidades de fita magnética e um conversor de cartões para fita. Tudo isso ocupava um espaço correspondente a oito salas. Mas, apesar de toda essa capacidade, não funcionava direito. Os defeitos não paravam de aparecer. Todos os dias, inúmeras válvulas queimadas eram substituídas. Mas o principal problema residia no sistema de entrada e saída dos dados-composto de perfuradoras de cartões Power de 90 colunas, padrão Univac, uma leitora de cartões, uma unidade de fita e uma impressora - que nunca funcionou a contento. De nada adiantou o IBGE adquirir um novo computador, um Univac SS 80, para substituir o 1105. Como todo o parque de perfuração também tinha sido trocado, com a substituição dos cartões Power por cartões Hollerith, de 80 colunas, padrão IBM, a leitora de cartões do novo computador - que, teoricamente, deveria ler os dois tipos de cartão nunca conseguiu ler direito os que já tinham sido perfurados. Com isso( os dados do Censo de 60, que seriam tabulados pelos Cérebros eletrônicos, continuaram sendo somados a mão.

O fiasco do IBGE 56 foi superado dez anos depois. O processamento do censo de 70 ficou a cargo do RioDataCentro, 0 centro de computação da PUC-RJ. As tabulações avançadas do Censo, cujo processamento normalmente consumi ria dois anos, foram feitas no tempo recorde de seis meses. Ali estavam os dados ainda não refinados sobre população, escolaridade e outros, que permitiriam traçar a primeira estimativa da situação do pais. Os dados complementares, que iriam compor os Censos Demográfico, Econômico, Industrial e Agrícola, foram concluídos em 1975, contrariando as previsões pessimistas dos antigos estatísticos do IBGE, que esperavam que o censo de 1970 se fosse concluído em 1980.

Um dos mais importantes CPDs da década de 60 foi implantado pouco depois do golpe militar de 1964. Embora concebido ainda no governo João Goulart, para mecanizar os órgãos arrecadado!es federais, o Serpro Serviço Federal de Processamento de Dados foi criado no governo Castelo Branco, em dezembro de 1964. Contava com um computador IBM 1401, dois Univacs 1004 e uma centena de equipamentos periféricos. Três anos depois, o Serpro enfrentava um dos seus maiores desafios: processar 0 grande número de declarações do Imposto de Renda, que havia saltado de 600 mil para quatro milhões em apenas um ano como conseqüência da nova política de arrecadação fiscal implantada no governo Costa e Silva pelo ministro da Fazenda, Delfim Netto.

0 volume de trabalho, em si, era monumental. E a situação era agravada pelo fato de que o sistema de entrada de dados, baseado em cartões perfurados, não tinha capacidade para suportar operação de tal monta. 0 diretor-superintendente do Serpro, Jose Dion de Melo Teles, encontrou a solução dentro de casa. Mais precisamente no Grupo de Projetos Especiais GPE.

Formado por jovens engenheiros, muitos deles oriundos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) -como Dion , o grupo concebeu um sistema para substituir os obsoletos cartões perfurados: o concentrador de teclados. 0 sistema, que consistia de vários terminais com teclado semelhante a uma máquina de escrever, acoplados a um computador Hewlett-Packard, trouxe muito mais velocidade e confiabilidade ao trabalho de digitação e entrou em linha de produção em 1972. Ate 1976, foram feitos seis mil terminais; O sucesso do concentrador de teclados estimulou o GPE, a partir de então, a desenvolver outros equipamentos, como o telinha (STV-1600), um sistema de transcrição de dados por terminal de vídeo. Em 1977,todo o seu acervo -tecnologia e recursos humanos foi transferido para a Cobra, contribuindo para garantir a recém-criada empresa, por muitos anos, a liderança no mercado brasileiro de computadores. 

:: O Mercado Cresce ::
O governo estava cada vez mais consciente da importância dos computadores
para o desenvolvimento do pais. Em 1971, o Ministério do Planejamento fez a primeira radiografia do mercado brasileiro de informática. O número de computadores instalados no Brasil tinha saltado para 600 máquinas, das quais 75% eram da IBM, 20% da Burroughs 5% de outros fabricantes. O valor estimado do parque instalado era de 60 milhões de dólares e dos gastos com a mão-de-obra empregada nas atividades de manutenção de programas, operação de equipamentos e no desenvolvimento de software era de 90,9 milhões de dólares. A previsão era que, enquanto o mercado mundial crescia a razão de 20% ao ano, O mercado brasileiro iria crescer anualmente 30% no triênio 72/74 devendo chegar a 103,7 milhões de dólares somente em equipamentos. Somando-se os gastos com pessoal, O pais deveria gastar um total de 650 milhões de dólares no período.

O estudo do Ministério do Planejamento ia alem de uma mera tabulação dos dados do mercado. Com o sugestivo titulo de Esboço de Piano Nacional para a Computação Eletrônica, O documento concluía que setor computacional carecia de uma planificação e propunha algumas medidas para racionalizar O uso de máquinas e de software nos organismos governamentais e para incentivar a fabricação no país de componentes e computadores. Para implementar as medidas propostas pelo Piano, e também formular uma política de financiamento governamental às atividades de processamento de dados no setor privado, foi criada em 5 de abril de 1972 a Comissão de Coordenação das

Atividades de Processamento Eletrônico (Capre). A Capre era presidida pelo secretário geral do Ministério do Planejamento e tinha um plenário de decisões composto por representantes do Estado-Maior das Forças Armadas, do ministério da Fazenda, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), do Serpro, do Instituto Brasileiro de Informática -criado pelo IBGE em janeiro daquele ano para dar continuidade ao processamento do Censo e do Escritório da Reforma Administrativa.

Um dos primeiros trabalhos da Capre foi levantar a situação dos recursos humanos e a demanda de pessoal para os três anos seguintes e, com base nesses dados, traçar as diretrizes de um Programa Nacional de Ensino de Computação. O objetivo era criar uma serie de medidas que reduzissem o déficit de profissionais de informática no pais: 13,5% de operadores, 22,6% de programadores e 10,9% de analistas. A previsões era de que, com o crescimento do parque computacional- que deveria atingir em 1973, 74 e 75, respectivamente, 1 mil, 1.450 e 2.100 computadores-esse déficit aumentasse ainda mais


Entre as medidas propostas estavam a criação de um fundo para a aquisição de material didático, a formação de instrutores, que deveriam se deslocar para outras regiões do país fora do eixo Rio-São Paulo, e a inclusão da computacão nos currículos das escolas de primeiro e segundo grau. Uma das primeiras iniciativas foi a criação, em setembro de 1973, de um curso de formação de tecnólogos em processamento de dados na PUC-RJ, com o patrocínio do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Se não havia analistas, programadores e operadores em quantidade suficiente para operar os computadores, não faltava quem os vendesse. Estimulados com -e, ao mesmo tempo, estimulando- o interesse do mercado, os fornecedores traba- Ihavam a todo vapor para ampliar suas forças de vendas. A IBM, líder do mercado, começara a formar, a partir de 1960, uma equipe de alto nível, recrutada no ITA para substituir a antiga geração de vendedores, especializados em máquinas tabuladoras, perfuradoras e classificadoras. O mercado brasileiro era tão importante para as multinacionais que muitas delas não se limitavam a vender. As duas majores,IBM e Burroughs, investiram na implantação de grandes e modernas fábricas, que produziam tanto para o mercado interno como para exportação de produtos para escritório e equipamentos de processamento de dados.

A IBM iniciou suas operações no Brasil em 1917. Seu primeiro negócio no pais foi instalar as maquinas para o censo demográfico de 1920 e, na década de 30, expandia suas atividades abrindo filiais em diversos estados. Em 1939, a empresa inaugurava sua primeira fábrica no Brasil, no bairro carioca de Benfica 1. Em 1961, a fábrica de Benfica iniciava a montagem dos computadores da linha 1401. As atividades de fabricação se expandiram com a implantação de uma outra fabrica, em Sumaré (região de Campinas, São Paulo}. Na década de 70, a empresa tinha no país duas fábricas, mais de uma dezena de filais, número igual de escritórios e 15 centros de serviços de dados. E mais ainda estava por vir. Em 1976, inaugurava na paradisíaca região da Floresta da Tijuca, no Rio,
seu Centro Educacional* para executivos. E, em outubro de 1977, era a vez de inaugurar o novo edifício-sede da filial paulista, na avenida 23
de Maio,com 24 andares, 45 mil metros quadrados e projetado
segundo as normas da IBM de proteção ao meio ambiente e aos usuários do edifício.
A Burroughs, segunda maior fabricante de computadores, iniciou suas atividades industriais no Brasil em 1953, no Rio de Janeiro, realizando a montagem e, posteriormente, a fabricação de calculadoras e autenticadoras de caixas eletromecânicas. Posteriormente, implantou outra fábrica em Santo
Amaro, na época um município fora de São Paulo. Em maio de 1976, inaugurava sua sede própria -um edifício de 14 andares no centro do Rio de Janeiro - em solenidade que contou com a presença de diversas autoridades do estado, federais e de outros estados, das diretorias carioca e de outros estados, e de todo o conselho diretor da empresa, que veio especialmente de Detroit para realizar no Brasil a sua reunião de diretoria.

Já a HP, que atuava no país desde a década de 60 e em 1975 montou a sua primeira unidade industrial no continente latino-americano, em Campinas, dedicou-se a produzir, inicialmente, instrumentação de uso médico-hospitalar e calculado- ras de uso pessoal. Em pouco tempo, a fábrica tornou-se uma das maiores exportadoras de calculadoras eletronicas. Dois anos depois, ao mesmo tempo em queinaugurava novas instalações em Alphaville,município vizinho a São Paulo, a HP apresentava ao governo brasileiro um piano de expansão de suas atividades industriais, que previa a fabricação de minicomputadores.

*- O centro educacional da IBM começou a ser construído em dezembro de 1973. Com projeto do arquiteto Artur Lúcio Pontual, tinha dois prédios; um para cursos, com duas salas de aula com capacidade 25 alunos, 12 salas menores para estudos em grupo, um auditório com 50 lugares e yna biblioteca, além de salas para instutores e pessoal administrativo; e outro para hospedar os alunos, com três andares, 62 apartamentos individuais, salão para refeições, copa e cozinha e salas de leitura, de televisão e de bilhar. Cada apartamento dispunha de um terminal de video, que permitia os alunos consultassem o computador durante a noite. A programação educacional tinha dois níveis. O nível básico compreendia uma série de cursos para executivos, como conceitos de processamentos de dados, de informação gerencial ou planejamento para empresa. Já o nível avançado, era destinado ao treinamento das equipes de vendas e técnicas da IBM, e também a clientes - analistas de sistemas, programadores, gerentes de projeto e do CPD - e ofrecia informações avançadas sobre os sistemas IBM.

Parte 2 ..



NO FINAL DA DÉCADA DE 70, os computadores* deixavam de ser vistos como símbolo de status e já se tornavam personagens importantes nas atividades das grandes empresas, dos órgãos de governo e ainda que Indiretamente na vida das pessoas. Nos transportes, por exemplo. O metrô de São Paulo, inaugurado em 1976, era comandado por um sistema totalmente automatizado, um dos mais modernos do mundo. Da mesma forma que embaixo da terra o computador também já era um componente indispensável nas atividades ligadas ao transporte aéreo. A Vasp, uma das mais importantes companhias aéreas da época, importava naquele ano mais dois computadores da 18M, que iriam se juntar ao IBM 360/ 40 adquirido em 1974 com uma configuração de 256 Kb de memória, nove drives, seis unidades de fitas magnéticas, uma leitora e uma perfuradora de cartões e uma impressora com capacidade de 100 1inhas por minuto. O sistema de reservas da Vasp funcionava com cerca de 150 terminais espalhados por 10 cidades brasileiras e que se comunicavam com o computador central através de uma linha telefônica.

O aeroporto internacional do Rio de Janeiro, inaugurado em 1977, contava com um complexo sistema de processamento: cinco mil terminais controlavam toda a vida do novo Galeão** comandando todos os procedimentos relativos a vôos, sistemas de comunicação, vigilância e o controle de equipamentos elétricos e eletrônicos. Nada escapava à ação do sistema, baseado em computadores IBM: desde o estacionamento de carros, vendas de passagens, informações veiculadas nos portões de embarque e desembarque, além dos serviços de meteorologia e proteção de vôo.
Nas ruas da capital paulista, o obsoleto sistema de sinalização, cuja tecnologia datava do período pós-guerra, começaria a ser substituído, também naquele ano, por um novo programa de controle e coordenação dos sinais de trânsito. A expectativa das autoridades era que este iria permitir uma melhoria no fluxo do tráfego e, conseqüentemente, menor consumo de combustível , diminuição do número de acidentes com veículos e com pedestres, a redução no tempo de percurso dos veículos e das paradas nos sinais. Outra contribuição da informática para melhorar a qualidade de vida dos paulistanos veio através das telecomunicações. Ainda em 1977, a Telesp, empresa de telefonia do estado, começava a operar um avançado sistema de comunicação telefônica controlado por programa armazenado (CPA). Fabricado pela Philips em sua fábrica do Recife, o CPA vinha substituir as antigas centrais eletromecânicas. A nova tecnologia prometia muitas vantagens tanto para a administração do serviço telefônico, devido à facilidade para controle de tráfego e manutenção das centrais, como para os usuários, que poderiam contar com recursos como discagem abreviada, transferência de chamada e identificação do número do telefone que efetuou a chamada.

Segundo levantamento da Capre, divulgado em 1977, os gastos das empresas brasileiras com processamento de dados quase que duplica- ram em 1976, subindo de 6,2 bilhões de cruzeiros em 1975 para 10,4 bilhões de cruzeiros. A maior parte das despesas (58,5%) era com pessoal: 5,6 bilhões de cruzeiros. O Brasil tinha 3.302 computadores "minis", 1.308 "pequenos", 338 "médios", 99 "grandes" e 75 "muito grandes".*Compras
Segundo levantamento da Capre, divulgado em 1977, os gastos das empresas brasileiras com processamento de dados quase que duplicaram em 1976, subindo de 6,2 bilhões de cruzeiros em 1975 para 10,4 bilhões de cruzeiros, A maior parte das despesas (58,5%) era com pessoal: 5,6 bilhões de cruzeiros. O Brasil tinha 3.302 computadores "minis", 1.308 "pequenos", 338 "médios", 99 "grandes" e 75 "muito grandes".

**Computador dedo Duro
Em 1978, o antropólogo Darcy Ribeiro. um dos fundadores da Universidade de Brasília e chefe da Casa Civil do governo João Goulart, passou mais de cinco horas detido nas dependências da Policiá federal, no Rio de Janeiro, porque o terminal de computador usado para a fiscalização de sarda de passageiros no aeroporto do Galeão citava seu nome entre os cassados que deveriam ser detidos e não podiam deixar o pais. Embora seus documentos estivessem em ordem e possuísse uma autorização especial do Ministério da Justiça para viajar, Darcy Ribeiro não pode embarcar no vôo que o levaria ao México,pois o computador mandava prendê-lo. Somente na madrugada do dia seguinte é que chegou um telex de Brasília liberando-o.
Saiba mais sobre Darcy Ribeiro Clicando na Foto.



::Computador na Saúde::

Permeando a vida de todos os brasileiros, os computador também estava presente na área da saúde. No início de 1977, o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) começava a implantar o Sistema Integrado de Controle de Assistência Médica, que tinha como objetivo levantar a demanda de serviços de saúde e os recursos disponíveis em cada município brasileiro. O primeiro módulo era o sistema de contas, com qual o INPS pretendia reformular o pagamento aos seus hospitais e o atendimento que estes prestavam aos segurados. O processo anterior, implantado em 1967 e cuja revisão era feita manualmente tinha diversos pontos de estrangulamento, o que gerava pagamento de contas sem a devida fiscalização e, conseqüentemente , distorções nos pagamentos.

Quem mais lucrava com a situação eram alguns hospitais. Os abusos praticados iam desde a apresentação de despesas absurdas de gaze para simples curativos até a cobrança de cirurgias de pacientes que ficavam internados apenas três dias.
Os sistemas do INPS e de outros órgãos de governo como a Central de Medicamentos(Ceme), a Legião Brasileira de Assistência (LBA) e a Justiça Federal* eram processados pela Dataprev, empresa criada em abril de 1975 para ser o centro de processamentos de dados da Previdência.

Isso significava não só um grande volume de trabalho como a multiplicidade de atividades. Em 1976, o desempenho operacional da empresa tinhas os seguintes número: mais de mil programas, 72 milhões de documentos digitados, 37 mil horas de computador, 1 bilhão e meio de registros, 18 milhões e meio de formulários contínuos, 53 mi malotes expedidos e o processamento e pagamento de cerca de 12 milhões de contas médico-hospitalares.

Numa demonstração de importância da Dataprev para as atividades do governo, o presidente Ernesto Geisel inaugurava, em julho de 1977, a nova sede operacional da empresa, um prédio de quatro andares no bairro de laranjeiras, no Rio. A empresa inaugurava também, o seu novo computador, o Burroughs 7700, de última geração. O equipamento, com 4Mb de memória, 28 discos e seis impressoras, era considerado na época o maior do hemisfério sul e foi o primeiro da sua categoria a ser instalado fora dos Estados Unidos. Além do novo computador e do antigo B6700, que foi mantido, a Dataprev contava com 450 sistemas ICL de entrada de dados, distribuídos por 10 pólos regionais.
Paraíso dos Birôs

Inspiradas nos modelos do Sepro e da Dataprev, outras empresas de processamento de dados estatais surgiam em todo o país. Uma das maiores era a Prodesp – Companhia de Processamentos de Dados do Estado de São Paulo. Criada em 1969, a empresa se expandiu rapidamente e, em 1977, contava com um parque instalado amplo, poderoso e diversificado, integrado por computadores de grande porte como o IBM/370-158 com 2MB de memória, discos de 4 Mb, 18 unidades de fita, o Burroughs 6700 (instalado em sua unidade funcional na Secretaria de Segurança Pública) e o Univac 1100 (instalado na unidade funcional do Hospital das Clínicas).

Embora sem dispor de um parque computacional tão poderoso quanto o da Prodesp, outras empresas estatais não poupavam recursos para estar sempre em dia com a tecnologia e ampliar a capacidade de seus equipamentos. Enquanto, no amazonas, a Prodam ( Processamento de Dados do Amazonas) adquiria um computador Honeywell Bull, com 1Mb de memória, para controlar sua rede de teleprocessamento, em Brasília, o Prodasen ( Centro de Informática e Processamento de Dados do Senado Federal) ampliava a capacidade de armazenamento do seu sistema IBM 370 modelo 158, de 1Mb de memória, instalado em 1972. Em 1981, quando a capacidade de memória do computador já tinha sido quadruplicada, o Prodasen colocava à disposição do Congresso o fruto de um trabalho de três anos: um sistema que permitia aos deputados e senadores acompanhar o orçamento do Executivo, numa série de cinco anos.

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Em 1977, 15 empresas estaduais de Processamento de Dados (Abep), que tinha como função principal a troca de informações técnicas. Como a primeira medida prática, estava nos planos da Abep a criação de um banco de software básicos de aplicação que seria compartilhado entre as empresas associadas.

O crescimento do mercado permitiu o surgimento de um grande número de empresas de serviços – inicialmente chamadas de bureaux e que, como o tempo, tiveram o nome simplificado para birôs – que atendiam tanto o mercado privado como o governo. Contando com computadores de grande porte, software de última geração e grande número de profissionais, os birôs eram uma alternativa de agilidade e redução de custos para os problemas de processamento de dados das empresas. Sua agilidade comercial permitiu conquistar, também, importantes serviços governamentais como, por exemplo, a apuração dos votos nas eleições** nas principais capitais e em cidades do interior de diversos estados, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre outros.

Em junho de 1976, um grupo de birôs cariocas fundava, no Rio de Janeiro, a Assespro-Associação de Empresas de Serviços de Processamento de Dados. Pouco tempo depois, a entidade ampliava sua abrangência, passando a atuar em âmbito nacional.
Os usuários também buscavam obter maior representatividade no mercado, através da sua entidade, a Sociedade dos Usuários de Computadores e Equipamentos Subsidiários (Sucesu). Criada em 1965, no Rio de Janeiro, tinha como objetivo auxiliar e orientar o administrador na tomada de decisões, conscientizar o empresário quanto à importância da utilização do computador e promover a troca de experiências. Outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco, criaram unidades regionais, que se juntaram, em 1969, para criar a Sucesu nacional, com sede no Rio.

Jornal da Época


Já a principal preocupação dos profissionais era a regulamentação da profissão. É que, embora empregasse mais de 30 mil pessoas, o processamento de dados ainda não era uma atividade legalmente definida no país. Para encontrar solução para este e outros problemas da categoria, os profissionais formaram, em 1977, uma associação nacional congregando preparadores, digitadores, operadores, analistas e programadores.
Além dos interesses profissionais, outro tema era alvo da preocupação da comunidade de informática: até que ponto a vida privada do cidadão poderia ser ameaçada pela quantidade e cruzamento de dados sobre ele disponíveis? Em 1978, dois projetos de lei sobre o assunto tramitavam no Congresso. Um deles, de autoria do deputado oposicionista José Camargo (MDB-SP), pretendia "disciplinar a prestação de informações pelos centros eletrônicos". Sua justificativa para o projeto eram os perigos resultantes da concentração de todas as informações disponíveis sobre todas as pessoas em um único cadastro. "Antigamente, os dados pessoais de cada indivíduo eram extremamente difíceis de serem coletados. Mas hoje, com o progresso da informática, em poucos segundos poderemos ter em mãos toda a vida de qualquer pessoa, com número de identidade civil, ficha biomédica, cadastro do Imposto de Renda, saldo bancário, ficha educacional e centenas de outras informações que, manipuladas inescrupulosamente e para fins escusos, sem dúvida trarão sérias dificuldades para qualquer um", justificava o projeto.

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O projeto do deputado José Ribeiro Faria Lima (Arena- SP), propunha a criação de um Registro Nacional de Bancos de Dados, que teria a Capre como órgão fiscalizador do funcionamento desses bancos. O projeto tinha sido redigido para regulamentar o direito de acesso e retificação de informações pessoais, previsto em emenda à Constituição, apresentada anteriormente pelo próprio Faria Lima.
Os dois projetos tinham surgido como reação a uma suposta iniciativa do Ministério da Justiça de se adotar no país o número único. Suposta porque, na verdade, ninguém a tinha visto até então. O próprio deputado Faria Lima tinha confessado, em um debate público, que redigira seu projeto de lei protegendo o cidadão contra possíveis indiscrições do número único, sem conhecer os termos a serem propostos pelo Ministério da Justiça. O projeto de criação do temido número único, como estava -ou se supunha estar -sendo delineado na década de 70, não foi à frente. Mas, se não vingou em termos formais, na prática, ele acabou se concretizando, progressivamente, nos anos seguintes. Com outro nome -Cadastro de Contribuintes Individuais (ClC) -e sob controle dos órgãos da área econômica. E, além disso, reforçado pelas bases de dados de entidades privadas da área financeira, criadas sob a justificativa de identificar maus pagadores e reduzir os riscos envolvidos na concessão de créditos.

Demonstrando a importância que temas como a disseminação e o controle da informação começavam a assumir no país, surgiam as primeiras iniciativas voltadas para democratizar o acesso aos dados. Uma delas, que começava a tomar forma no final de 1978. era o projeto Aruanda***. do Serpro. Definido como um "serviço de distribuição de informações sócio-econômicas", o Aruanda se propunha a fornecer acesso público a essas informações dados sobre agropecuária, indústria, serviços, finanças públicas, força de trabalho, economia internacional e contas nacionais, devida- mente analisados e arquivados através de terminais espalhados nas principais capitais do país. Inicialmente, estava prevista a instalação de 60 terminais, sendo 20 em Brasília, 20 em São Paulo e 20 no Rio.
* Processos mais ágeis
Em 1976, a Justiça Federal iniciou os estudos para criar um sistema integrado de processamento de dados. Dois anos depois, era implantado o primeiro subsistema, de execução fiscal, que permitia agilizar a tramitação do grande volume de processos de execução fiscal da Fazenda Nacional. Além de emissão automática de mandados e citação, o subsistema fazia cáculos atualizados, dava baixa na distribuição e, ainda, permitia obter fichas de controle com todos os dados necessários aos processos e sobre o andamento dos mesmos. Entre as vantagens estava a redução do trabalho nas secretarias das varas onde os processos eram recebidos e autuados e a segurança contra extravios, uma vez que todos os processos eram registrado com um único número nacional. Outros subsistemas, implantados nos anos seguintes, foram o de emissão de certidões de distribuição, o de acompanhamento dos processos por fases e o de estatística e auditoria, voltando para a administração da Justiça.

**"ESSE PROCESSO ELEITORAL NEM EM UGANDA EXISTE.
A APURAÇÃO DESSAS ELEIÇÕES É TERRÍVEL".


A FRASE DO JUIZ ELEITORAL Luiz César Bittencourt, publicada na edição de 23 de novembro de 1982 do Data News, resumia a situação caótica que foi a apuração das eleições no Rio de Janeiro. O primeiro problema a ser apontado foi a lentidão. Mais de 48 horas após o fechamento das urnas, a Proconsult Racimec e Associados, encarregada da totalização dos votos juntamente com outras quatro empresas, não tinha conseguido fornecer nenhum resultado oficial do pleito.

Uma das explicações para o fato era a grande quantidade de candidatos e partidos, além do fato de o computador ter sido usado somente para a totalização dos votos, sendo o restante do processo de apuração feito manualmente. Devido à pouca experiência das pessoas encarregadas da contagem dos votos -que receberam treinamento de apenas um dia -os subtotais e totais nunca fechavam. Os mapas, mesmo errados, eram enviados para os digitadores, que deviam copiá-los na íntegra. Os dados registrados em fita magnética eram, então, remetidos à Proconsult para processamento. Como os totais não casavam com o número 'de votos, o computador rejeitou a maioria dos mapas apurados.

Mas a lentidão foi apenas a ponta de um imenso iceberg, que ameaçou anular as eleições cariocas. Os sucessivos erros nos boletins de totalização levaram a Proconsult a indicar o candidato Moreira Franco como futuro governador do Estado. Convencido de que estava em curso um processo de fraude para impedir sua vitória, o então segundo colocado, o ex-governador gaúcho Leonel Brizola, que tinha acabado de regressar ao Brasil depois de anos de exílio, fez um grande estardalhaço. Depois de muitas acusações, forte repercussão na imprensa, auditoria e até mesmo inquérito na Polícia Federal, a Proconsult conseguiu finalmente "acertar" o seu sistema e fornecer os dados corretamente. A auditoria feita pelo Serpro comprovou a validade desses dados, mas não pode verificar a existência defraude, uma vez que os técnicos da empresa não tiveram acesso aos programas-fonte do sistema da Proconsult. No final da apuração. Leonel Brizola foi declarado vencedor.

Reportagem da época
***Distribuição de informações
Ao mesmo tempo em que buscavam reunir e processar o maior número possível de informações sobre empresas e pessoas, os órgãos de informática do governo ou pelo menos alguns se preocupavam também em tomá-Ias disponíveis para a sociedade. Esse era o caso do Serpro, que em 1978 dava forma final a um projeto para criar um. "serviço de distribuição de informações sacio- econômicas". Batizado de Aruanda, o projeto se propunha a fornecer acesso público a essas informações dados sobre agropecuária, indústria, serviços, finanças públicas, força de trabalho. economia internacional e contas nacionais. devidamente analisados e arquivados através de terminais espalhados nas principais capitais do país. Inicialmente. estava prevista a instalação de 60 terminais, sendo 20 em Brasília, 20 em São Paulo e 20 no Rio.

Fonte: Livro "Memórias do Computador", Vera Dantas/Sonia Aguiar)


Continuação em Breve!

Quem inventou o primeiro computador


Quem inventou o primeiro computador
invenção do computador demonstrou um novo padrão de tecnologia no mundo, dando impulso a informática. Hoje, presenciamos uma era de Globalização, onde graças ao mundo virtual temos uma nova percepção do mundo e fácil acesso as informações. Muitos estudos foram feitos para criar um protótipo de computador.
Segundo o tribunal norte-americano, a invenção do primeiro computador elétrico do mundo é atribuída a John Vincent Atanasoff, um pesquisador britânico. A idéia para se desenvolver a máquina aconteceu no início da década de 40, diante das necessidades de comunicação durante a Segunda Guerra Mundial.
O primeiro computador eletrônico do mundo ganhou o nome de Colossus e tinha como principal função decifrar códigos. Com tamanho elevado, a máquina funcionava como uma verdadeira “calculadora gigante” e possuía um tambor de memória eletrônica para o armazenamento de dados, mecanismos de operação e lógica binária. Enfim, a criação do Colossus foi decisiva para o desenvolvimento tecnológico.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nascimento do computador.



Como todo trabalho repetitivo e monótono reflete-se num sofrimento terrível paro ohomem se ele o executa constantemente, e conseqüentemente isso acaba gerando erros e é muito demorado, foi-se então, desenvolvidas as maquinas, que realizavam trabalhos repetitivos mais rapidamente. 

As primeiras maquinas de calcular apareceram por volta do ano 1500, (a primeira que se tem noticia foi uma tabela de multiplicação desenvolvida por John Napier). Em 1642 Blaiser Pascal construiu uma maquina que utilizava rodas dentadas para realizar operações básicas de cálculos (esta maquina recebeu o nome de Pascaline). Em 1833 foi-se criada a inovadora "calculadora diferencial" que usava cartões perfurados que davam instruções à calculadora de como trabalhar com os dados (números), até que em 1880 Hermann Hollerith, utilizando os mesmos processos dos cartões perfurados criou uma maquina que processava os dados do senso populacional dos Estados Unidos, esta maquina organizava dados como idade, sexo, religião, data de nascimento e cor de pele. Anos depois, mais precisamente em 1890, Hollerith diminuiu o tempo de processamento de sua maquina e começou a vender seus serviços de processamento de dados, dando inicio então à Internacional Business Machine a tão conhecida IBM. 

O primeiro computador (chamado de ENIAC) possuía dezoito mil válvulas que deixavam ou não a corrente circular, realizava quinhentas multiplicações por segundo. Logo apos as válvulas vieram transistores que eram muito menores e mais seguros, hoje temos circuitos integrados que possuem em uma única pastilha de silício milhões de transistores que diminuem bastante o consumo de energia e tornam as operações muito mais rápidas. 


O Primeiro ...

O primeiro computador a chegar no Brasil foi o UNIVAC 1105, terminado em 1951 e adquirido pelo IBGE em 1961. 

O computador antigamente

Os computadores de antigamente (décadas de 60-80) eram dotados de processadores que não aproveitavam muito eficientemente a quantidade de hardware disponível durante a execução das instruções.Posteriormente, com a divisão da execução das instruções em estágios, onde a finalização de um estágio por uma instrução permite que uma nova instrução utilize aquele estágio, tornou-se possível executar com uma certa sobreposição várias instruções no mesmo ciclo do processador. Esta técnica foi chamada de pipeline e talvez tenha sido o maior passo na evolução arquitetural dos processadores. Essa mesma técnica continua sendo utilizada nos processadores comerciais mais conhecidos.
Com o avanço no desenvolvimento do software, esses hardwares  “convencionais” que eram utilizados nesses processadores já não atendiam mais à real necessidade de desempenho das novas e modernas aplicações. Alterações no hardware eram necessárias e após alguns estudos e avaliações, o pipeline foi reestruturado e ampliado para o que atualmente é conhecido como arquitetura superescalar. Estas arquiteturas possuem a capacidade de executar instruções com paralelismo simultâneo, além daquele com sobreposição parcial.
Os processadores superescalares são representados pela maioria dos processadores disponíveis no mercado, como o Intel Pentium e  Sun UltraSparc. Para atingir o máximo desempenho, esses processadores exploram o paralelismo no nível de instrução (ILP), utilizando para tal a execução fora-de-ordem, hierarquia de memória, previsão de desvios, entre outras técnicas. Todas essas técnicas fazem com que esses processadores tornem-se mais complexos, com mais transistores e dissipando cada vez mais energia e calor.
Os desenvolvedores de hardware têm três opções para tentar melhorar o desempenho desses processadores: aumentar a freqüência de funcionamento do mesmo, tentar explorar mais ILP através de novas técnicas e usar cachês cada vez mais rápidas e próximas ao processador. Técnicas para aumentar a freqüência de clock do processador envolvem, desde o uso de novas técnicas de fabricação, até o aumento no número de estágios do pipeline. Ambas as técnicas esbarram em alguns problemas, como os limites físicos dos processos de fabricação e as quebras do fluxo de instruções nos pipelines (desvios, misses, etc). A extração de mais ILP envolve técnicas que tentam aumentar o número de instruções executadas por ciclo, esbarrando no limite de tamanho dos blocos básicos de um programa, ou seja, 4 à 5 instruções. O emprego de cachês maiores e mais próximas aos processadores é outra técnica que visa melhorar o desempenho desses processadores, tentando diminuir a histórica diferença de velocidade de processador e memória principal.
O problema dessas técnicas é que ambas implicam em maiores áreas de silício, maior número de transistores e uma maior dissipação de energia. Além disso, elas não atingem 100% de eficiência, por exemplo, dobrando o clock de um processador não atinge-se o dobro de desempenho. Isso pode ser facilmente verificado em todas famílias de processadores, como a família Intel, na figura 1.

Mouse Antigo

 

Você sabe quem inventou o mouse? Aquele famoso ratinho cujo você esta com a mão em cima dele neste exato momento.... 

  O mouse de computador foi criado por Douglas Engelbart, em 1968, resultado de um projeto que durou cinco anos. Engelbart, nascido em 30 de janeiro de 1925, no Oregon, EUA, trabalhou no Instituto de Pesquisa de Stanford, onde desenvolveu o "ratinho de mesa". Sua primeira versão era feita de madeira, movia-se sobre pequenas rodas e tinha apenas um botão. A popularização do equipamento, tão indispensável hoje, começou bastante tarde, quando em 1982 a Appel lançou o sistema de "apontar e clicar", mesmo ano em que ganhou mais uma tecla. 



Para essa nova geração que está acostumada a manuseiar o mouse de forma rápida, nem pode a imaginar a história e as mudanças que esse pequeno acessório passou nas últimas décadas. Mas há 40 anos, no dia 9 de dezembro de 1968, Douglas Engelbart, um inventor norte-americano realizou uma palestra de 90 minutos em San Francisco, para aproximadamente mil pessoas, no centro de convenções Brooks Hall para apresentar um equipamento que permitia a manipulação de informações exibidas na tela, conhecida hoje como mouse.

O primeiro mouse

                   
                     


O primeiro mouse do mundo era feito de madeira e era muito popular entre os grupos de pesquisadores isto porque era fácil manuseio e mais preciso do que os trackballs e joysticks que já haviam sido feitos. As canetas óticas e as mesas digitalizadoras sempre foram grandes competidores do mouse, mas nunca ganharam porque o mouse é mais popular e mais fácil de se utilizar.

Em meados de 1979, Steve Jobs fez uma visita ao Centro de pesquisa Palo Alto da Xerox e viu muito dos equipamentos experimentais sendo testados, que eram criados nesse centro, incluindo muitos mouses. Por isso não existiu coincidência quando o primeiro computador popular fabricado em 1984 por Steve Jobs o Apple Macintosh já vinha com um mouse. Foi então que o mouse começou a se tornar popular. De fato, a Microsoft lançou o primeiro mouse em 1983, mas apenas após o lançamento do Windows o mause começou a ser usado em PC's.

O mouse mecânico:. funciona mediante o rastreamento de uma bolinha que gira dentro do mouse, conforme ele é aarastado. Se você olhar dentro do mouse poderá ver algo muito parecido com um diagrama dentro. A bolinha do mouse entra em contato com dois rolos, cada um se move para uma direção diferente. Quando o mouse se move sobre algo como um mousepad, ele manda as informações coletadas via sua porta ****** para o sistema operacional, e com isso ele move a seta através da tela.

A simplicidade desse mecanismo de bolinha está em decadência. Os mouses óticos vieram para enterrar o mouse mecânico, que era muito sensível a sujeira, qualidade da superfície de uso, etc. Quantas vezes você ja nao teve de desmontar seu mouse mecânico e limpá-lo?